O BOSQUE ENCANTADO
Hoje,
o Luís e a Luísa passaram a vida a fazer asneiras. Reparem: primeiro, foram
passear sozinhos para o bosque. Depois, embrenharam-se por caminhos que não
conheciam, só para descobrir novas paisagens… Mas, a certa altura, a Luísa olhou
à sua volta e exclamou:
- Sabes uma coisa mano? Acho
que estamos perdidos!
- Chhhhiii! E agora? E o
pior é que estou com uma fome de lobo…
- Repara naqueles frutos,
mesmo na moita. Será que são bons para comer?
A
Luísa foi lá, colheu algumas bagas encarnadas e comeu-as.
-
Mmmm, são deliciosos! – exclamou, oferecendo alguns ao irmão. E comeram
regalados.
Não
tinha passado um minuto e muitos animais do bosque surgiram ante os seus olhos,
todos vestidos. O Luís e a Luísa iam arregalar os olhos para ver melhor, mas
nem tiveram tempo, pois sentiram-se a minguar como plástico ao lume.
Então
um coelho gentil tranquilizou-os dizendo que se chamava Óscar e que os devia
ter avisado dos frutos, mas que iria resolver o problema.
Os
meninos meio a medo também disseram os seus nomes.
Óscar
disse que os ia levar ao duende Gustavo que era um sábio e que os iria
transformar novamente em humanos. Foram até à pequena cabana do Duende onde
Óscar lhe contou o que tinha acontecido.
-
Estou a ver! – diz o homenzinho, coçando as barbas. – Bem, vou preparar uma
poção mágica que produz o efeito contrário ao das bagas.
Depois de preparar a poção,
o duende Gustavo leva os dois meninos para a entrada do Bosque Encantado.
Durante o caminho, muitos animais, curiosos com os visitantes, acompanham-nos.
À despedida, Gustavo oferece
aos irmãos dois frasquinhos cheios de poção. E dá-lhes um conselho:
- Tendes de bebê-la de um só
gole! Assim, nem sentireis o seu sabor horrível!
O Luís e a Luísa seguem o
conselho. E agora estão novamente com o seu tamanho normal. Lá em baixo, peq ueninos, o duende Gustavo e os seus
amigos parecem bonequinhos.
- Obrigado, senhor Gustavo!
– gritam-lhe lá do alto.
E como a tarde já chega ao
fim, eles despedem-se dos seus novos amigos do Bosque Encantado.
Alain
Jost, Imelda Heuschen, e Francoise Le Gloahec, 100 Histórias à lareira, 2008,
Edições ASA
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